Monday, August 22, 2005
RESENHA DIFICIT – O DOMINGO ESPORTIVO
Por possentisson
Dedicado a Nelson Rodrigues, Victor Lazslo, Daniel Ludwich, Kaxassa e Dan
Desde a divulgação do calendário do campeonato brasileiro de 2005, ninguém acreditaria nas mais otimistas projeções que o Figueirense venceria o grande Santos em plena Vila. Mas como já diria Nelson Rodrigues "a unanimidade é burra" e nem sempre acontece o que todo mundo acha que vai acontecer.
Da data da marcação do jogo em questão até a bola rolar todos os fatos contribuíram para dar força a opinião da massa. O figueirense fez uma campanha medíocre no campeonato estadual e manteve a regularidade – regularmente medíocre - no decorrer do turno do campeonato brasileiro, freqüentando durante quase todas as 21 rodadas a zona do rebaixamento.
Pra piorar tudo o Santos vivia um Domingo especialíssimo. Robinho, o maior craque atuando no futebol brasileiro – o maior do mundo em minha opinião – estava fazendo sua despedida da Vila. Um jogo para vencer e deixar saudades. Um jogo em que nada poderia conspirar contra, a não ser mais uma das irônicas molecagens dos marotos deuses do futebol.
O primeiro tempo correu como um desenho da Disney com seu script previsível. O Santos fez 4 a 0 com facilidade. Robinho fez 2 e o Figueirense cumpria bem o seu papel de vilão decadente. Caindo diante do príncipe negro da Vila que desfilava triunfante perante os seus súditos. Quando robinho fez o seu segundo gol – o quarto do santos – beijou o gramado do seu futuro ex clube e teve a certeza de q o jogo estava ganho. Estava certo de que o Figueirense não tinha mais nada capaz de ameaçar sua festa
Mas o Figueirense tinha. Tinha o técnico Adilson Batista estreando no clube, tinha a velha raça do Furacão alvinegro do Estreito, e aos 3 minutos do segundo tempo tinha Cleber, colocando a bola no fundo das redes e oferecendo uma gota de esperança a sofrida torcida. E a gota não seria a única.
Outras viriam, Michel Bastos, o lateral artilheiro fez um gol digno de Romário aos 10 minutos e o apático mas sempre genial Edmundo marcou aos 13. Com o 4 a 3 o grito de alegria saiu do fundo da alma e se alojou na garganta, de onde certamente sairia logo. O empate era somente uma questão de tempo. E quando Cleber cabeceou aquela bola em direção ao gol espaço e tempo pararam para observar o triunfo do desacreditado sobre o vencedor prévio. A bola viajou em busca do seu destino, a mercê do destino, ela própria era o destino. Quis o destino que o destino da bola fosse à trave. O gol nunca saiu. Estranhamente aconteceu o que todos sempre acreditaram que aconteceria, o Santos venceu o Figueirense neste domingo, 21 de agosto de 2005.
Talvez a unanimidade seja mesmo burra, mas até os burros acertam às vezes.
Dedicado a Nelson Rodrigues, Victor Lazslo, Daniel Ludwich, Kaxassa e Dan
Desde a divulgação do calendário do campeonato brasileiro de 2005, ninguém acreditaria nas mais otimistas projeções que o Figueirense venceria o grande Santos em plena Vila. Mas como já diria Nelson Rodrigues "a unanimidade é burra" e nem sempre acontece o que todo mundo acha que vai acontecer.
Da data da marcação do jogo em questão até a bola rolar todos os fatos contribuíram para dar força a opinião da massa. O figueirense fez uma campanha medíocre no campeonato estadual e manteve a regularidade – regularmente medíocre - no decorrer do turno do campeonato brasileiro, freqüentando durante quase todas as 21 rodadas a zona do rebaixamento.
Pra piorar tudo o Santos vivia um Domingo especialíssimo. Robinho, o maior craque atuando no futebol brasileiro – o maior do mundo em minha opinião – estava fazendo sua despedida da Vila. Um jogo para vencer e deixar saudades. Um jogo em que nada poderia conspirar contra, a não ser mais uma das irônicas molecagens dos marotos deuses do futebol.
O primeiro tempo correu como um desenho da Disney com seu script previsível. O Santos fez 4 a 0 com facilidade. Robinho fez 2 e o Figueirense cumpria bem o seu papel de vilão decadente. Caindo diante do príncipe negro da Vila que desfilava triunfante perante os seus súditos. Quando robinho fez o seu segundo gol – o quarto do santos – beijou o gramado do seu futuro ex clube e teve a certeza de q o jogo estava ganho. Estava certo de que o Figueirense não tinha mais nada capaz de ameaçar sua festa
Mas o Figueirense tinha. Tinha o técnico Adilson Batista estreando no clube, tinha a velha raça do Furacão alvinegro do Estreito, e aos 3 minutos do segundo tempo tinha Cleber, colocando a bola no fundo das redes e oferecendo uma gota de esperança a sofrida torcida. E a gota não seria a única.
Outras viriam, Michel Bastos, o lateral artilheiro fez um gol digno de Romário aos 10 minutos e o apático mas sempre genial Edmundo marcou aos 13. Com o 4 a 3 o grito de alegria saiu do fundo da alma e se alojou na garganta, de onde certamente sairia logo. O empate era somente uma questão de tempo. E quando Cleber cabeceou aquela bola em direção ao gol espaço e tempo pararam para observar o triunfo do desacreditado sobre o vencedor prévio. A bola viajou em busca do seu destino, a mercê do destino, ela própria era o destino. Quis o destino que o destino da bola fosse à trave. O gol nunca saiu. Estranhamente aconteceu o que todos sempre acreditaram que aconteceria, o Santos venceu o Figueirense neste domingo, 21 de agosto de 2005.
Talvez a unanimidade seja mesmo burra, mas até os burros acertam às vezes.